I die here and there while living nowhere, but I shall live and walk and wander and die again somewhere else. E assim sempre será, pois que não tem casa tem como casa o próprio chão e de teto o céu azulado ou escurecido.

E converso com quem amo, e lembro de quem amo, e penso em quem amo, e amo quem ama. Pois amar é isso: o contrapeso na balança, a reverberação da afinação, o canto solitário que ninguém vai ouvir. Ah, mas como é bom cantar, ah!, e como canto!

Faço coisas sem saber e nunca sei o que faço, tento plantar sorriso, mas minha colheita são lágrimas. Mesmo eu, quando e se choro, mesmo sem saber chorar, sou como uma criança em Babilônia. 

And people, they' stars, but stars don't shine – they burn. E nesse vagar, nesse planar num universo disforme, esticado e apagado de matéria que é meu coração, vou-me tentando entender sem ter o que fazer. E quem me dará palavras?

Criei uma persona?
Sou eu esta persona? Ela é só uma faceta, uma mentira, uma ilusão -- seria minh'alma e minha salvação? E quem não é, ou melhor, quem afinal de contas é?

E são 23:23, ou trinta e três. Não ouço nenhum tango. Nenhuma tosse. Não falo nada pois não saberia nem começar. No entanto – escrevo. 

E você, o que lê?

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